Aristides Pereira, Presidente de Cabo Verde - Líderes Mundiais da História

5. Vida adiantada

Aristides Pererira nasceu em 17 de novembro de 1921, na ilha de Boa Vista, Cabo Verde, então colônia portuguesa de Cabo Verde. Emigrou para a Guiné Portuguesa em 1947 e tornou-se chefe de telecomunicações no governo colonial provincial de lá. Lá, ele foi apresentado aos conceitos de nacionalismo e anticolonialismo africanos, que despertaram sua busca pela busca da soberania nacional. Pererira e vários amigos fundaram o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em 1956 em Bissau. O PAICG lutou para unir a Guiné e Cabo Verde, a fim de derrubar o Império Português. O partido permaneceu um grupo clandestino até os anos 1960, quando começou a ser cada vez mais reconhecido pelas Nações Unidas e outros países.

4. Suba ao poder

Entre 1964 e 1973, Pereira foi secretário geral adjunto do PAIGG. Então, em 1973, ele foi eleito para atuar como secretário geral do partido. O PAIGC intensificou as suas acções e logo assumiu a supremacia em batalha sobre o Exército Português. Ao mesmo tempo, Pereira liderou ações diplomáticas, buscando o reconhecimento internacional da causa do PAIGC. Com a independência de Cabo Verde em 5 de julho de 1975, Aristides Pereira foi eleito o primeiro presidente da nova república. Após um golpe militar na Guiné-Bissau, a parte cabo-verdiana do partido separou-se e tornou-se o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV) em 1981, com Pereira liderando a facção. Ele foi reeleito presidente em 1981 e 1986.

3. Contribuições

Pereira contribuiu significativamente para a fundação do partido nacionalista e anticolonialista PAGIC e ajudou também Cabo Verde a alcançar a sua independência. Durante sua presidência, ele fez uma série de reformas para ajudar o país recém-independente a se desenvolver e crescer. Ele protegeu os direitos humanos, tornando Cabo Verde o país africano com melhor registo de direitos humanos na altura. Ele também fortaleceu a democracia ao delegar mais poder aos comitês de cidadãos locais, ao mesmo tempo em que apoiava medidas econômicas para melhorar o bem-estar dos camponeses. Como o primeiro presidente independente de Cabo Verde, ele estabeleceu uma base sólida sobre a qual o jovem país ainda cresce.

2. Desafios

Depois de ganhar a independência em 1975, Cabo Verde enfrentou um mundo dividido em dois campos. Um era dirigido pelos gigantes capitalistas do Ocidente e o outro pela União Soviética e seus estados satélites e repúblicas socialistas aliadas. O pequeno país não podia se dar ao luxo de agitar nenhum dos lados alinhando-se com o outro, por isso estava em uma posição muito delicada. Pereira, com agudeza diplomática, decidiu não apoiar nenhuma das principais esferas de poder, mas sim formar alianças com outros países em desenvolvimento, especialmente outros países africanos recém-independentes. Depois da democracia multipartidária ter sido introduzida em Cabo Verde em 1990, o partido de Pereira, o PAIGC, que tinha sido o partido governista de Cabo Verde desde a sua independência, perdeu a eleição. Depois disso, ele se aposentou da vida política.

1. Morte e Legado

Aristides Pereira, aos 87 anos, foi para Portugal em agosto de 2011 para receber uma cirurgia por fratura de fêmur. Morreu logo a seguir, a 22 de setembro de 2011, no Hospital Universitário de Colmbra, em Portugal. Um funeral de estado em Cabo Verde foi realizado para ele logo depois. Como primeiro presidente de Cabo Verde, a morte de Pereira foi vista como "uma grande perda para a nação cabo-verdiana". Ele é lembrado por muitos como um herói em sua luta anticolonial, um político incorrupto com integridade e um grande contribuinte para seu país. Ele recebeu muitas honras e medalhas nominais de várias universidades, governos e organizações. Em novembro de 2011, vários meses após sua morte, o aeroporto em sua ilha natal, a Ilha da Boa Vista, recebeu o seu nome.